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PETISTA DEBOCHADO É REU POR “CAIXA 2″ NO TRIBUNAL DE JOAQUIM
PETISTA ANDRÉ VARGAS (PR) RESPONDE POR “CAIXA 2″ NO STF DE JOAQUIM
Diário do PoderPETISTA ANDRÉ VARGAS (PR) RESPONDE POR “CAIXA 2″ |
Crítico do presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF) pelas condenações de seus colegas de partido no esquema do
mensalão, o deputado André Vargas (PT-PR) é alvo de inquérito por suposto crime
de caixa dois que pode lhe render, se condenado, até cinco anos de prisão, além
de multa.
O Vice-presidente da
Câmara, Vargas aproveitou a presença do ministro Joaquim Barbosa em solenidade
de reabertura dos trabalhos na Casa Legislativa para protestar em favor dos
colegas José Genoino (condenado a 6 anos e 11 meses) e José Dirceu (condenado a
10 anos e 10 meses), repetindo o gesto do braço levantado com o punho cerrado
que os dois fizeram ao se entregar em novembro.
O jornal O Estado de S.
Paulo revelou, ainda, imagens de uma troca de mensagens entre Vargas e um interlocutor
na qual ele expressa desejo de dar uma “cotovelada”
no ministro, acomodado ao seu lado durante a cerimônia.
O processo que envolve
Vargas foi aberto no STF no final do ano passado para investigar denúncia de
que ele teria omitido da sua prestação de contas à Justiça Eleitoral a
contratação de cabos eleitorais. “O inquérito é para apurar o artigo 350 do
Código Eleitoral, o popular caixa dois”, confirmou o advogado de
Vargas, Michel Saliba Oliveira. O artigo diz que é proibido “omitir,
em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele
inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita,
para fins eleitorais.”
Vargas não admite a
contratação dos cabos eleitorais. A defesa sustenta que o trabalho foi
voluntário, o que não implicaria em remuneração. “Não há contrato de trabalho”,
afirma seu advogado. A denúncia envolve cerca de 20 pessoas.
Em fevereiro deste ano, o
STF autorizou a Polícia Federal a prosseguir nas investigações da denúncia. A
assessoria do ministro Teori Zavascki, relator do processo, disse que não
comenta o caso, embora não esteja sob sigilo.
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