Do G1 GO, com
informações da TV Anhanguera
Foto: Divulgação
O Ministério Público de Santo Antônio do Descoberto instaurou
um inquérito civil público por suspeita de ato de improbidade administrativa do
prefeito David Leite. De acordo com a investigação do Ministério Público, em
2009, o município recebeu do Estado um R$ 1,2 milhão destinados à saúde
pública, mas o dinheiro foi desviado para outros fins.
O inquérito já foi entregue à
Justiça, mas ainda não há informação se a denúncia foi aceita. Se vier a ser
punido conforme prevê a Lei de Improbidade Administrativa, o prefeito poderá
ter a suspensão dos direitos públicos por até cinco anos, além da perda da
função pública e o ressarcimento integral dos danos, dentre outras sanções.
De acordo com o promotor André
Melgaço Reis, o prefeito usou o dinheiro para outras finalidades públicas como
pavimentação de ruas e reparo em
pontes. O prefeito de Santo Antônio do Descoberto Davi Leite,
argumenta que utilizou o recurso por uma situação de calamidade vivenciada no município.
"Este recurso não havia
mais como ser utilizado na finalidade que se propõe e como o município atravessava
uma situação de calamidade, ilhamento de bairros, nós tivemos que fazer a
utilização dele para reestruturarmos uma ponte que dava acesso aos bairros de
Montes Claros e Jardim de Alá. Fizemos também, como havia uma situação
calamitosa da malha asfáltica, fizemos um socorro na pavimentação
asfáltica", defende-se o administrador público.
O promotor André Melgaço Reis
rebate dizendo que a verba tinha uma finalidade específica. “Ela tinha que ter
sido gasta no Hospital de Urgência do Município do Santo Antônio do Descoberto
e jamais poderia o prefeito ter deliberado e utilizado as verbas para outros
fins, ainda que público", afirma.
Distrito Federal
Com 63.248 habitantes, Santo
Antônio do Descoberto conta apenas com um hospital para atender a população. Lá
são realizados apenas procedimentos mais simples. Os casos mais graves são
encaminhados para o Distrito Federal. O funcionamento do Hospital de Urgência
ajudaria a melhorar a saúde pública do município, mas a obra que já começou a
ser construída em 2005 e já consumiu R$ 7 milhões parece estar cada vez mais
longe de ser concluída. Os moradores estão revoltados.
“O hospital
está sempre lotado, não atende. Aí, o prefeito recebeu esta verba para reabrir
o hospital e até hoje não foi aberto. O povo já está revoltado com esta
situação. O povo está reclamando e questionando para onde foi este
dinheiro", comenta o rodoviário Robson Rodrigues dos Santos.
Para a dona
de cada Elizabeth Santana Vieira o sentimento é de indignação. "Raiva e
indignação. O prefeito recebe a verba e não passa para os hospitais, não arruma
nada", diz.
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