segunda-feira, 28 de maio de 2012

Polícia Civil pode pedir prisão preventiva do ex-distrital Júnior Brunelli



Texto: Lílian Tahan / Correio Braziliense
Foto: CB

O ex-distrital Júnior Brunelli dormiu na prisão. Conseguiu a prerrogativa de ficar sozinho em uma cela, de entrar e sair pela garagem e, assim, não ser exposto publicamente. Mas não se livrou das grades. Desde ontem, quando se entregou, por volta das 13h, Brunelli ficou detido na 5ª Delegacia de Polícia (DP), área central de Brasília. Só saiu de lá para fazer o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), voltando em seguida para a DP, onde cumpre mandado de prisão temporária de cinco dias. Conhecido como o deputado da oração da propina na Operação Caixa de Pandora (leia Memória), o ex-parlamentar é acusado, em uma outra linha de investigação, de crimes como formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, peculato e uso de documento falso. Inquérito da Polícia Civil aponta Brunelli como o chefe um esquema de desvio de, pelo menos, R$ 1,7 milhão em emendas parlamentares destinadas a ações sociais para idosos.
Até o início da tarde de ontem, Brunelli era considerado foragido. Na sexta-feira, agentes da Divisão Especial de Combate ao Crime Organizado (Deco) cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do ex-deputado, na Superquadra Brasília. Ele deveria ter sido preso na ocasião, mas escapou antes de a polícia chegar. Desde então, os advogados se mobilizaram para fazer valer as prerrogativas de Brunelli, que é formado em direito. Entre as regalias, ficar em uma sala de Estado-Maior, privativa, sem grades e com banheiro. Também queriam evitar holofotes e algemas.

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