quarta-feira, 4 de julho de 2007

Romeu Tuma diz que caso Roriz é grave


Corregedor do Senado diz que inquérito envolve outras autoridades. Ex-governador do DF é suspeito de desvio de recursos.

O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), classificou de “grave” o caso envolvendo o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF). O ex-governador do Distrito Federal foi flagrado numa conversa em que combina a partilha de R$ 2,2 milhões, que seria do empresário Constantino de Oliveira, conhecido como Nenê, presidente do conselho da Gol.
Tuma recebeu nesta quarta-feira (4) parte do inquérito da "Operação Aquarela" que tem como foco o desvio de recursos públicos no Distrito Federal, que prendeu, entre outros, o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Tarcísio Franklin de Moura.
“Pelo o que eu pude analisar tem coisas graves não só do ex-governador como de autoridades e empresários. O que se relacionar com o Congresso, nós poderemos analisar. E o resto vamos deixar para a polícia e para o Supremo Tribunal Federal”, afirmou Tuma a jornalistas.
No inquérito da Operação Aquarela, havia uma gravação telefônica em que Roriz conversa com Moura sobre a partilha dos R$ 2,2 milhões. O senador peemedebista disse que dos recursos usou apenas R$ 300 mil para comprar uma bezerra. Essa versão é confirmada pela Gol.
Tuma recebeu também informações sobre o uso de um carro forte para fazer a partilha dos recursos na transportadora Nely, de propriedade de Osvaldino Xavier de Oliveira, apontado pelo Ministério Público como “laranja” de Roriz.
A suspeita de irregularidade é que um cheque do Banco do Brasil assinado por Constantino no valor de R$ 2,2 milhões foi descontado no BRB.

Conselho de Ética
O presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), disse que espera receber o processo contra Roriz que será enviado ainda nesta quarta pela Mesa Diretora.
Quintanilha havia dito que pretendia esperar uma reunião do conselho para notificar Roriz, mas depois recuou e afirmou que poderia notificá-lo assim que o processo chegar ao órgão. Depois da notificação, Roriz não poderá mais renunciar e evitar o processo de cassação. Cassado, ele ficaria inelegível por oito anos.

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