quarta-feira, 24 de julho de 2019

PCDF descobre paradeiro de jovem entregue à adoção há 31 anos

A Polícia Civil do Distrito Federal, por intermédio da 1ª DP, descobriu o paradeiro de um homem que havia sido entregue para adoção há 31 anos. O homem, cuja identidade será preservada, foi entregue à doação pela própria mãe, no dia 21 de abril de 1988. Na ocasião, o bebê, que nascera no HMIB, contava com poucos dias de vida e a mãe biológica tinha 22 anos.
A genitora já tinha uma filha, estava separada do cônjuge e não tinha condições de criar uma segunda criança (o pai não era o mesmo da primeira filha). Dessa forma, pediu ajuda a uma amiga e, após procurar por alguns candidatos, entregou o filho a um casal que decidiu cuidar da criança. Eles já possuíam uma filha e ficaram com medo de que o menino fosse deixado ao relento, caso não ficassem com ele.
Conforme apurado, a mãe biológica nunca soube o paradeiro do filho e, no dia 27 de abril de 2019, registrou uma ocorrência policial, na 1ª DP, para localizá-lo. Quase dois meses depois, os policiais responsáveis pela apuração solucionaram o caso. O filho, agora com 31 anos, ainda está com o casal que o “adotou” e moram em outro país.
Quando estava com dois anos, a criança foi diagnosticada com uma grave doença que impediu seu completo desenvolvimento mental. A família adotiva não se opôs ao encontro entre mãe e filho, que foi realizado no dia 19/06/2019.
Como não foi adotado o procedimento normal de doação, o caso foi remetido ao MPDFT para verificar se é ou não o caso de processar o casal criminalmente. Nestes casos, a prescrição somente começa a correr quando o fato vem ao conhecimento da autoridade pública. Nos crimes de adoção à brasileira, a pena pode ir de um a dois anos de detenção, mas o juiz pode deixar de aplicar a pena (perdão judicial). As identidades e imagens foram preservadas por solicitação das famílias envolvidas.

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