Morte
de assessora parlamentar leva vigilante à 19ª condenação
(Com informações do
Centro de Comunicação Social do TJ-GO – Fotos: Aline Caê)
O 1º Tribunal do Júri de Goiânia condenou nesta
segunda-feira (7/11) o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha a mais 20 anos
de reclusão, em regime inicialmente fechado, pelo homicídio da assessora
parlamentar Ana Maria Victor Duarte. O crime ocorreu no dia 14 de março de
2014, na sanduicheria Fernando Grill, localizada no setor Bela Vista. A sessão
foi presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara e contou com as
participações do promotor de Justiça João Teles de Moura Neto, responsável pela
acusação, e do defensor público Jaime Rosa Borges Júnior.
Durante os
depoimentos, Tiago Henrique disse apenas que "sentia muito" pelo
crime, evitando responder às demais perguntas do magistrado. Já as testemunhas
Maxwel Satoshi Duarte Otsuka e Ana Caroline Rosa Godinho, que estavam presentes
no momento do crime, afirmaram ser o vigilante o autor do disparo que matou a
vítima.
Na fase de debates,
o promotor João Teles falou sobre a investigação policial e sobre o clima de
tensão espalhado na capital no período em que ocorreram os crimes praticados
por Tiago. Ele também abordou o resultado do laudo de sanidade mental do
vigilante, que atestou que o réu era plenamente capaz de entender os atos
ilícitos que estava praticando. João Teles, por fim, apontou a confissão feita
por Tiago Henrique na delegacia de polícia, além do exame de microbalística,
que atestou que o projétil que matou Ana Maria saiu do revólver apreendido com
o vigilante.
Já o defensor
público Jaime Rosa requereu a redução da pena, além de pedir aos jurados que desconhecessem,
em caso de condenação, as qualificadoras de motivo torpe e uso de recurso que
impossibilitou a defesa da vítima. O Conselho de Sentença, porém, refutou a
tese de semi-imputabilidade e reconheceu as duas qualificadoras.
O juiz Jesseir
Coelho, ao dosar a pena, afirmou que o vigilante era plenamente imputável,
sendo portador de transtorno antissocial de personalidade. Disse também que a
personalidade e conduta social de Tiago são preocupantes, já que é "useiro
e vezeiro em prática criminosas".
Esse é o 19º júri
de Tiago Henrique. Juntas, as 18 condenações por homicídio, somadas as 2 por
assalto e porte de arma, totalizam 443 anos e 10 meses de prisão. O vigilante
está preso no Núcleo de Custódia da Superintendência de Execução e
Administração Penitenciária.
Nenhum comentário:
Postar um comentário