quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Morte de assessora parlamentar leva vigilante à 19ª condenação

(Com informações do Centro de Comunicação Social do TJ-GO – Fotos: Aline Caê)


O 1º Tribunal do Júri de Goiânia condenou nesta segunda-feira (7/11) o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha a mais 20 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, pelo homicídio da assessora parlamentar Ana Maria Victor Duarte. O crime ocorreu no dia 14 de março de 2014, na sanduicheria Fernando Grill, localizada no setor Bela Vista. A sessão foi presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara e contou com as participações do promotor de Justiça João Teles de Moura Neto, responsável pela acusação, e do defensor público Jaime Rosa Borges Júnior.


Durante os depoimentos, Tiago Henrique disse apenas que "sentia muito" pelo crime, evitando responder às demais perguntas do magistrado. Já as testemunhas Maxwel Satoshi Duarte Otsuka e Ana Caroline Rosa Godinho, que estavam presentes no momento do crime, afirmaram ser o vigilante o autor do disparo que matou a vítima.
Na fase de debates, o promotor João Teles falou sobre a investigação policial e sobre o clima de tensão espalhado na capital no período em que ocorreram os crimes praticados por Tiago. Ele também abordou o resultado do laudo de sanidade mental do vigilante, que atestou que o réu era plenamente capaz de entender os atos ilícitos que estava praticando. João Teles, por fim, apontou a confissão feita por Tiago Henrique na delegacia de polícia, além do exame de microbalística, que atestou que o projétil que matou Ana Maria saiu do revólver apreendido com o vigilante.
Já o defensor público Jaime Rosa requereu a redução da pena, além de pedir aos jurados que desconhecessem, em caso de condenação, as qualificadoras de motivo torpe e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O Conselho de Sentença, porém, refutou a tese de semi-imputabilidade e reconheceu as duas qualificadoras.
O juiz Jesseir Coelho, ao dosar a pena, afirmou que o vigilante era plenamente imputável, sendo portador de transtorno antissocial de personalidade. Disse também que a personalidade e conduta social de Tiago são preocupantes, já que é "useiro e vezeiro em prática criminosas".
Esse é o 19º júri de Tiago Henrique. Juntas, as 18 condenações por homicídio, somadas as 2 por assalto e porte de arma, totalizam 443 anos e 10 meses de prisão. O vigilante está preso no Núcleo de Custódia da Superintendência de Execução e Administração Penitenciária. 

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