Governo assina ordem de
serviço para co-financiamento de leitos psiquiátricos
Goiás Agora
O governador
Marconi Perillo assinou a ordem de serviço para o co-financiamento dos leitos
psiquiátricos com instituições de Goiânia e do interior. Atualmente, o
Ministério da Saúde paga R$ 49,70 por leito psiquiátrico em Goiás. Com a
ratificação do documento, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) se compromete a
pagar 25% deste valor, ou seja, o Estado vai bancar R$ 24,85 e a mesma quantia
será paga pelo município, resultando assim em um acréscimo de 50%. A assinatura
aconteceu na manhã desta sexta-feira, dia 21, no Palácio Pedro Ludovico
Teixeira, em Goiânia, solenidade onde também foi assinado o Protocolo de Cooperação
entre Entes Públicos.
Segundo o
secretário estadual da Saúde, Halim
Girade, o objetivo desta ordem de serviço é de não permitir que as clínicas psiquiátricas sejam fechadas, além de contribuir para a melhoria das condições dessas clínicas. Goiás conta hoje com 803 leitos de atendimento psiquiátrico, mantidos pelo SUS, em oito clínicas do Estado, destas, quatro estão em Goiânia. Segundo levantamento da Superintendência de Controle e Avaliação Técnica em Saúde, da SES, o valor total a ser gasto pelo Estado com os leitos psiquiátricos será de R$ 2,1 milhões anuais.
Em Goiás serão
atendidos, pela ordem de serviço, a Pax Clínica de Aparecida; o Instituto
Batuíra de Saúde Mental, a Casa de Eurípedes e o Hospital da Associação de
Saúde Mental Infantil de Goiânia (Asmigo), em Goiânia; Hospital Espírita
de Psiquiatria Anápolis, em Anápolis; Clínica Psiquiátrica Marat de Souza e
Associação Pró Cáritas, em Rio Verde e o Centro de Saúde Mental Clodoveu de
Carvalho em Jataí.
O governador
Marconi Perillo, em discurso, ressaltou a alegria em perceber os resultados
positivos na área da saúde. “Não podemos dizer que está tudo resolvido,
mas estamos no caminho certo”. Ele aproveitou para dizer que obteve a
informação que está tendo mais leitos do que demanda no Hugo. “Estamos
assumindo o Hospital de Trindade, estamos resolvendo a questão do Hospital de
Aparecida e estamos em fase de conclusão da obra do Hugo 2. Com esta Rede de
Hospitais de Urgência em pleno funcionamento ainda teremos mais leitos
disponíveis do que estamos tendo em relação à demanda. Estamos muitos felizes
nesta área [Saúde] porque há uma convergência de esforços e ações, e
resultados que vão salvar vidas”.
Caps
A Política
Nacional de Saúde Mental preconiza que sejam reduzidos os leitos para pessoas
que sofrem transtornos mentais e ampliado o atendimento a esse público pelos
Centros de Atenção Psicossociais (Caps). O objetivo é humanizar o atendimento,
proporcionando tratamento adequado e com a participação dos familiares. A SES,
atendendo a esse novo perfil de assistência, dobrou o número de Caps na atual
gestão, passando de 28 para 56. Para este ano, está prevista a implantação de
mais 22 Caps (tipo 1) no Estado.
Halim Girade diz que respeita e
concorda com a política de desospitalização e que, mesmo adotando essa política
de aumento de Caps, a SES entende que manter uma quantidade razoável de leitos
é necessária a fim de garantir o melhor atendimento ao usuário do SUS. Ele
explica que este co-financiamento é para dar “uma sobrevida às clínicas. Para
ele, “o que pode vir ao lugar dos leitos são os Caps, mas ainda não temos
número suficiente”, conclui.
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