domingo, 23 de fevereiro de 2014

Governo assina ordem de serviço para co-financiamento de leitos psiquiátricos

Goiás Agora

O governador Marconi Perillo assinou a ordem de serviço para o co-financiamento dos leitos psiquiátricos com instituições de Goiânia e do interior. Atualmente, o Ministério da Saúde paga R$ 49,70 por leito psiquiátrico em Goiás. Com a ratificação do documento, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) se compromete a pagar 25% deste valor, ou seja, o Estado vai bancar R$ 24,85 e a mesma quantia será paga pelo município, resultando assim em um acréscimo de 50%. A assinatura aconteceu na manhã desta sexta-feira, dia 21, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia, solenidade onde também foi assinado o Protocolo de Cooperação entre Entes Públicos.
Segundo o secretário estadual da Saúde, Halim

Girade, o objetivo desta ordem de serviço é de não permitir que as clínicas psiquiátricas sejam fechadas, além de contribuir para a melhoria das condições dessas clínicas. Goiás conta hoje com 803 leitos de atendimento psiquiátrico, mantidos pelo SUS, em oito clínicas do Estado, destas, quatro estão em Goiânia. Segundo levantamento da Superintendência de Controle e Avaliação Técnica em Saúde, da SES, o valor total a ser gasto pelo Estado com os leitos psiquiátricos será de R$ 2,1 milhões anuais.
Em Goiás serão atendidos, pela ordem de serviço, a Pax Clínica de Aparecida; o Instituto Batuíra de Saúde Mental, a Casa de Eurípedes e o Hospital da Associação de Saúde Mental Infantil de Goiânia (Asmigo), em Goiânia;  Hospital Espírita de Psiquiatria Anápolis, em Anápolis; Clínica Psiquiátrica Marat de Souza e Associação Pró Cáritas, em Rio Verde e o Centro de Saúde Mental Clodoveu de Carvalho em Jataí.
O governador Marconi Perillo, em discurso, ressaltou a alegria em perceber os resultados positivos na área da saúde. “Não podemos dizer que está tudo resolvido, mas estamos no caminho certo”. Ele aproveitou para dizer que obteve a informação que está tendo mais leitos do que demanda no Hugo. “Estamos assumindo o Hospital de Trindade, estamos resolvendo a questão do Hospital de Aparecida e estamos em fase de conclusão da obra do Hugo 2. Com esta Rede de Hospitais de Urgência em pleno funcionamento ainda teremos mais leitos disponíveis do que estamos tendo em relação à demanda. Estamos muitos felizes nesta área [Saúde] porque há uma convergência  de esforços e ações, e resultados que vão salvar vidas”.
Caps
A Política Nacional de Saúde Mental preconiza que sejam reduzidos os leitos para pessoas que sofrem transtornos mentais e ampliado o atendimento a esse público pelos Centros de Atenção Psicossociais (Caps). O objetivo é humanizar o atendimento, proporcionando tratamento adequado e com a participação dos familiares. A SES, atendendo a esse novo perfil de assistência, dobrou o número de Caps na atual gestão, passando de 28 para 56. Para este ano, está prevista a implantação de mais 22 Caps (tipo 1) no Estado.

Halim Girade diz que respeita e concorda com a política de desospitalização e que, mesmo adotando essa política de aumento de Caps, a SES entende que manter uma quantidade razoável de leitos é necessária a fim de garantir o melhor atendimento ao usuário do SUS. Ele explica que este co-financiamento é para dar “uma sobrevida às clínicas. Para ele, “o que pode vir ao lugar dos leitos são os Caps, mas ainda não temos número suficiente”, conclui.

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